Foto: Reprodução/INSS
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) comunicou aos aposentados e pensionistas que não é mais necessário comparecer às agências bancárias para realizar a prova de vida. Desde 2023, o procedimento foi simplificado e passou a ser feito por meio do cruzamento de dados, verificando se o beneficiário continua vivo. A medida visa agilizar o processo e evitar deslocamentos desnecessários.
“Somente em caso de não localização do beneficiário na base de dados governamental, será feita uma notificação sobre a necessidade de realização de prova de vida”, informou o INSS. Em caso de recadastramento anual, os beneficiários podem utilizar o site ou o aplicativo “Meu INSS” ou se dirigir ao banco onde recebem o pagamento. No entanto, a realização do recadastramento não é obrigatória.
A prova de vida, embora simplificada, é uma ação fundamental para garantir que os pagamentos continuem sendo realizados de maneira regular. O INSS explica que o procedimento tem como objetivo evitar fraudes e pagamentos indevidos. “Este é um procedimento importante para evitar fraudes e pagamentos indevidos e por isso deve ocorrer periodicamente”, afirmou o órgão.
Como comprovar a vida
A comprovação de vida pode ser feita por meio de vários atos registrados nas bases de dados dos órgãos públicos, como:
- Registros de vacinação
- Consultas realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS)
- Comprovantes de votação nas eleições
- Emissão de passaportes
- Carteira de identidade ou de motorista
- Combate às fraudes
O combate às fraudes também é um ponto crucial para o INSS, que, em 2024, conseguiu economizar R$ 385 milhões aos cofres públicos com ações de combate a esquemas fraudulentos. De janeiro até 4 de dezembro do ano passado, 72 ações realizadas pela Força-Tarefa Previdenciária ajudaram a desarticular esquemas criminosos, resultando em pagamentos suspensos.
Apesar do sucesso nas operações, o prejuízo causado pelas fraudes foi de R$ 216,2 milhões em 2024. Este ano, as ações continuam, com destaque para a prisão de nove pessoas no Rio de Janeiro em março, suspeitas de envolvimento em fraudes contra o INSS. A quadrilha, que causou um prejuízo superior a R$ 50 milhões, foi desarticulada após uma investigação que começou dois anos atrás, quando um homem foi preso tentando sacar valores de uma aposentadoria fraudulenta.
O grupo criminoso realizava pedidos de aposentadoria em nome de pessoas inexistentes ou já falecidas, utilizando procurações falsas e contando com a participação de servidores do INSS, que inseriam dados falsos no sistema previdenciário.
A Força-Tarefa Previdenciária, composta pelo Ministério da Previdência Social, Polícia Federal e Ministério Público Federal, segue atuando para minimizar os danos ao sistema e à população, garantindo a correta aplicação dos recursos públicos.
Por: Enfoque MS
