Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Instituto Datafolha divulgou nesta sexta-feira (14) uma nova rodada de pesquisa sobre avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O resultado obtido apontou para uma queda de 11 pontos percentuais no apreço popular, passando de 35%, em dezembro de 2024, para os atuais 24% de entrevistados que consideram como ótimo ou bom a gestão presidencial.
Na comparação com os outros dois mandatos de Lula, é possível afirmar que este é o pior momento de sua história política. A aprovação baixa supera a marca registrada em outubro e dezembro de 2005, quando 28% do povo brasileiro considerava a gestão positiva. Naquela época, o petista ainda estava no primeiro mandato presidencial e vivia o auge do ‘mensalão’, escândalo de corrupção histórico.
No mesmo sentido, Lula também tem uma marca inédita no quadro de pessoas que consideram o seu governo ruim ou péssimo. Em dezembro de 2024, 34% não aprovavam os trabalhos do Governo Federal, sendo esta a maior marca de todos os três mandatos comparados, agora, essa marca subiu para 41%. Já o percentual da população que considera regular saltou de 29% para 32%.

O Datafolha revela que a negatividade de Lula ocorre nos segmentos que formam a própria base eleitoral do petista, com renda de até dois salários mínimos, pouco mais da metade da amostra da pesquisa. A mudança ocorre ainda após a crise envolvendo a taxação de transações superiores a R$ 5 mil por Pix, que acabou revogada pela Receita Federal, além da alta na inflação dos alimentos.
Outra redução expressiva ocorreu entre os eleitores que declaram ter votado em Lula no segundo turno das eleições de 2022. A avaliação de que o governo é ótimo/bom caiu 20 pontos percentuais, chegando a 46%. Já a percepção negativa quase dobrou nesse grupo, de 7% para 13%. A parcela que avalia o governo como regular, porém, foi a que mais cresceu, passando de 27% para 40%.
O único grupo em que Lula tem avaliação positiva superior à negativa é o da população menos escolarizada, com uma margem de dez pontos. O petista também ainda aparece com avaliação positiva numericamente à frente entre os nordestinos, com vantagem de três pontos. A pesquisa ouviu presencialmente 2.007 eleitores de 16 anos ou mais em 10 e 11 de fevereiro. A margem de erro geral da pesquisa é de dois pontos percentuais.
Por: André Farinha/ Enfoque MS
